quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Impressionismo - Vanguardas Artísticas

O Impressionismo foi um movimento artístico que surgiu na pintura na França do século XIX. O nome do movimento é derivado da obra Impressão, nascer do sol (1872), de Claude Monet. Tudo começou com um grupo de jovens pintores que rompeu com as regras da pintura vigentes até então.
Os autores impressionistas não mais se preocupavam com os preceitos do Realismo ou da academia. A busca pelos elementos fundamentais de cada arte levou os pintores impressionistas a pesquisar a produção pictórica não mais interessados em temáticas nobres ou no retrato fiel da realidade pois a máquina fotográfica o já fazia, mas em ver o quadro como obra em si mesma. A luz e o movimento utilizando pinceladas soltas tornam-se o principal elemento da pintura, sendo que geralmente as telas eram pintadas ao ar livre para que o pintor pudesse capturar melhor as variações de cores da natureza.

Impressão, Nascer do Sol. Claude Monet

O termo impressionismo surgiu depois que o pintor e escritor Louis Leroy fez uma crítica ao quadro de Claude Monet, dizendo: "Impressão, nascer do Sol” – eu bem o sabia! Pensava eu, justamente, se estou impressionado é porque há lá uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha."

O nome do quadro foi usado originalmente de forma pejorativa, mas Monet adotou o título, sabendo da revolução que estava iniciando na pintura.


Durante esse meio século, o vestuário foi muito mais influenciado pela arte decorativa do que por uma arte maior como a pintura. O movimento impressionista, por sinal não podia ter repercussão sobre as formas de uma roupa: sua pesquisa desembocava sempre numa espécie de esboço improvisado fora do tempo, enquanto o vestuário consiste numa realização rigorosamente temporal e convencional.
Se o impressionismo se serviu do guarda roupa de seu tempo cercando-o com as vibrações de sua paleta, o guarda roupa, por sua vez, quase não utilizou as novidades coloridas e sensíveis de um Renoir ou de um Monet. Talvez isso seja explicável pela escolha do ar livre, que fazia da luz o objeto essencial  das pesquisas impressionistas, enquanto o vestuário se adaptava, à vida dos interiores.

Vanguardas Artísticas

Vanguarda (deriva do francês avant-garde) em sentido literal faz referência ao batalhão militar que precede as tropas em ataque durante uma batalha. Daí deduz-se que vanguarda é aquilo que "está à frente". 
Desta dedução surge a definição adotada por uma série de movimentos artísticos e políticos do fim do século XVIII e início do século XX. As vanguardas europeias ou os movimentos europeus de vanguarda eram aqueles que, segundo seus próprios autores, guiavam a cultura de seus tempos, estando de certa forma à frente deles. Muitos destes movimentos acabaram por assumir um comportamento próximo ao dos movimentos políticos: possuíam militantes, lançavam manifestos e acreditavam que a verdade encontrava-se com eles.

Abstracionismo:

"Composition VII" ; Wassily Kandinsky .


Mondrian e Vestido Yves Saint  Laurent

arte abstrata ou abstracionismo é geralmente entendido como uma forma de arte (especialmente nas artes visuais) que não representa objetos próprios da nossa realidade concreta exterior. Ao invés disso, usa as relações formais entre cores, linhas e superfícies para compor a realidade da obra, de uma maneira "não representacional". A decomposição da figura, a simplificação da forma, os novos usos da cor, o descarte da perspectiva e das técnicas de modelagem e a rejeição dos jogos convencionais de sombra e luz, aparecem como traços recorrentes das diferentes orientações abrigadas sob esse rótulo. Surge a partir das experiências das vanguardas europeias, que recusam a herança renascentista das academias de arte, em outras palavras, a estética greco-romana.

Fauvismo:
fauvismo (do francês les fauves, "as feras", como foram chamados os pintores não seguidores do cânone impressionista, vigente à época) é uma corrente artística do início do século XX, que se desenvolveu sobretudo entre 1905 e 1907. Segundo Henry Matisse, em "Notes d'un Peintre", pretendia-se com o fauvismo "uma arte do equilíbrio, da pureza e da serenidade, destituída de temas perturbadores ou deprimentes".
Os pintores fauvistas receberam influências de Van Gogh, através de seu emocionalismo e ardor passional pelas cores exacerbadas, e de Gauguin, com seu primitivismo e visão elementar da natureza. A nova estética é obedecer aos impulsos instintivos ou as sensações vitais e primárias. Criar desobedecendo a uma ordem intelectual, onde as linhas e as cores devem jorrar no mesmo estado de pureza das crianças e selvagens, desobedecendo às regras tradicionais da pintura. Evitam a ilusão da tridimensionalidade. Agora a tela se apresenta plana, obtendo apenas comprimento e largura. Baseiam-se na força das cores puras.
A realidade é deformada com a finalidade de produzir o estado de espírito do artista diante do espetáculo oferecido pela movimentação dos reflexos dos tons vivos sobre a água e os galhos retorcidos… A nova geração de artistas busca recomeçar sem se preocupar com a composição. Na ânsia de pintar o estado de graça, muitas vezes aplica-se a tinta diretamente na tela, onde os vermelhos, os amarelos, os verdes uivam e antecipam o gosto moderno pela cor pura. É o novo espírito de síntese, deixando de lado o desenho e a forma, tornando-se deformadores, criando contrastes ou harmonia de coloridos inexistentes na realidade do mundo visível. Não se deixam escravizar pelos aspectos visuais da realidade. A nova arte surge como verdadeira libertação do real e é construída pelas sensações visuais impulsivas do artista.



                                               La Danseuse jaune (1912)                           Icarus Henri Matisse
                                           de Alexis Mérodack-Jeanneau  

Futurismo:

Como o próprio nome já diz, o Futurismo é a vanguarda européia com temática futurista, como a exaltação da tecnologia, da máquina, da indústria em geral.
Esse movimento é responsável por mais de trinta manifestos, com a primeira publicação em fevereiro de 1909, pelo autor Filippo Tommaso Marinetti.
Esse manifesto, seguindo a ideologia futurista, apresenta temas que engrandece a vida moderna: o automóvel, a eletricidade, a velocidade, a máquina. Veja nos trechos do “Manifesto do Futurismo” de Marinetti:

“ Olhe-nos! Nós não estamos esfalfados...Nosso coração não tem a menor fadiga. Porque ele está nutrido pelo fogo., pelo ódio e pela velocidade!...Isso o espanta?”
“Nós queremos glorificar a guerra – única higiene do mundo -, o militarismo, o patriotismo, o gesto destrutor dos anarquistas, as belas idéias que matam, e o menosprezo à mulher.

Os manifestos traziam rompimento com a norma culta, com a gramática tradicional e apresentava versos livres e linguagem sem apego a normas.
Um dos manifestos futuristas, “Manifesto Técnico da Literatura Futurista”, propôs a “destruição da sintaxe”, a depreciação do adjetivo, advérbio e da pontuação. Por outro lado, apoiou a idéia de que os substantivos deveriam vir no texto ao acaso, conforme surgissem nos pensamentos.

As idéias futuristas chegaram ao Brasil através do escritor Oswald de Andrade em sua viagem à Europa. Contudo, Andrade teve contato com o Futurismo antes da adesão de Marinetti, principal divulgador dessa vanguarda, à ideologia fascista. Oswald é, portanto, o escritor responsável pela introdução do ideário futurista no Brasil, porém, com uma denotação mais suave do que o original europeu.




Giacomo Balla

Giacomo Balla


Expressionismo:

O Expressionismo foi um movimento de espírito e da alma que procurou se opor ao objetivismo naturalista, ao racionalismo capitalista burguês. O que importa é a expressão do mundo interior do artista. Ao expressionismo interessam as sensações provocadas no artista tanto por fatos internos quanto externos. 

Desde o fim do século XIX, o expressionismo já vinha sendo mostrado por artistas plásticos da Alemanha em suas pinturas. O principal precursor deste movimento foi o pintor, Vincent Van Gogh, que, com seu estilo único, já manifestava, através de sua arte, os primeiros sinais do expressionismo. Ele serviu como fonte de inspiração para outros pintores. Edward Munch também é considerado um precursor deste movimento, por conter em suas obras características expressionistas. 


Em 1914, a Alemanha sofre com os reflexos da Primeira Guerra Mundial. A partir daí, os artistas começam a retratar mais freqüentemente a situação em que a população se encontrava, o que eles viam à sua volta, as transformações ocorridas que afetavam de alguma forma as pessoas, tudo isso não só na pintura, mas também na literatura e no cinema e no teatro. 

Pode-se dizer que o Expressionismo foi mais que uma forma de expressão, ele foi uma atitude em prol dos valores humanos num momento em que politicamente isto era o que menos interessava. 
Seus principais expoentes foram Ernst Kirchner, Oskar Kokoschka e Wassily Kandinsky. 
Após o fim da guerra, o expressionismo influencia a arte em outras partes do mundo, inclusive no Brasil.

Nas artes plásticas, o
 Expressionismo é a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática, subjetiva, “expressando” sentimentos humanos, o sentimento do artista. Utilizando cores irreais, dá forma ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana, à prostituição. 
Há predominância dos valores emocionais sobre os intelectuais. 
Geralmente, os quadros retratam seres humanos solitários e sofredores. Com a intenção de captar estados mentais, vários quadros mostram personagens deformados. Deforma-se a figura, para ressaltar o sentimento. 


Van Gogh


Edvard Munch

Surrealismo:

Surrealismo foi um movimento artístico e literário nascido em Paris na década de 1920, inserido no contexto das vanguardas que viriam a definir o modernismo no período entre as duas Grandes Guerras Mundiais. Reúne artistas anteriormente ligados ao Dadaísmo ganhando dimensão mundial. Fortemente influenciado pelas teorias psicanalíticas do psicólogo Sigmund Freud (1856-1939), o surrealismo enfatiza o papel do inconsciente na atividade criativa. Um dos seus objetivos foi produzir uma arte que, segundo o movimento, estava sendo destruída pelo racionalismo.
As características deste estilo: uma combinação do representativo, do abstrato, do irreal e do inconsciente. Entre muitas de suas metodologias estão a colagem e a escrita automática. Segundo os surrealistas, a arte deve se libertar das exigências da lógica e da razão e ir além da consciência cotidiana, buscando expressar o mundo do inconsciente e dos sonhos.
No manifesto e nos textos escritos posteriores, os surrealistas rejeitam a chamada ditadura da razão e valores burgueses como pátria, família, religião, trabalho e honra. Humor, sonho e a contralógica são recursos a serem utilizados para libertar o homem da existência utilitária. Segundo esta nova ordem, as ideias de bom gosto e decoro devem ser subvertidas.
Mais do que um movimento estético, o surrealismo é uma maneira de enxergar o mundo, uma vanguarda artística que transcende a arte. Busca restaurar os poderes da imaginação, castrados pelos limites do utilitarismo da sociedade burguesa, e superar a contradição entre objetividade e subjetividade, tentando consagrar uma poética da alucinação, de ampliação da consciência. Breton declara no Primeiro Manifesto sua crença na possibilidade de reduzir dois estados aparentemente tão contraditórios, sonho e realidade, “a uma espécie de realidade absoluta, de sobre-realidade [surrealité]”.


Salvador Dali



Salvador Dali


Belle Époque - Trajes Masculinos

Nenhum desvio verdadeiramente revolucionário ocorreu no vestuário masculino entre 1900 e 1913, mas as roupas tornaram-se gradualmente menos formais, e o conjunto de passeio tornou-se dominante.

A silhueta era longa e atlética. As calças eram curtas e estreitas.  Os colarinhos eram engomados e muito altos, retos em volta do pescoço. Formalmente era usado sobrecasaca, terno e cartola. Chapéus coco eram usados com terno e chapéus de palha em ocasiões informais. À noite, fraque em tons escuros com colete, gravata borboleta branca e uma camisa com colarinho alto. Nesta época, os sapatos em estilo oxford foram introduzidos.
Os cabelos eram curtos e bem penteados, os jovens às vezes deixavam crescer bigodes, enaquanto os homens mais velhos muitas vezes usavam barba. 







Era Eduardiana - Belle Époque

1880 a 1914

Foi a criação francesa que dominou a evolução do traje e obteve a consagração mundial neste período, logo, a história do vestuário resume-se a da França. 
A estabilidade generalizada incentivava a prosperidade das classes ricas desenvolvendo as relações sociais, os hábitos das cerimônias oficiais, recepções, teatros, óperas e corridas. 
Estilistas e fornecedores de roupa inspiravam-se nas opulentes criações divulgadas pelos grandes costureiros parisienses. A Exposition Universelle de Paris em 1900 proporcionou um fórum internacional para que estilistas parisienses decretassem sua superioridade universal.



L'Exposition Universelle de Paris, en 1900



Com o processo de Revolução Industrial  e produção em larga escala, surgiu na Inglaterra o movimento estético  Arts & Crafts que defendia o artesanato criativo como alternativa à mecanização e à produção em massa, pregando o fim da distinção entre o artesão e o artista
Tendo a crise gerada pela industrialização como sua primeira apreensão, a manifestação do Art Nouveau se mostrou constantemente preocupada em conferir a habilidade de seus representantes na exploração de traços obtidos na natureza. A existência de formas de plantas e animais demonstraria a exata distância que difere o labor artístico da reprodução realizada pelas máquinas.




O Art Nouveau possui como principal referência histórica a Origem das Espécies de Darwin e traduz nas artes, arquitetura, design gráfico e acessórios as formas e linhas curvas da natureza: troncos, rios, insetos, sinuosidades, etc.




No vestuário, na metade da década de 1880, houve o ressurgimento da anquinha, porém de um tipo diferente, ela se projetava horizontalmente nas costas, mas a estrutura não era mais um artifício de crina, como no início da década de 1870. 

La Grande Jatte de Georges Seurat 

Tournure, 1880.


Na Inglaterra, a alta sociedade orbitava em torno da corte do hedonista Eduardo VII e seguia o padrão anual estabelecido pela Temporada Londrina de maio até julho incluindo festas particulares, eventos públicos, corridas e cricket.
Eduardo VII é conhecido por suas inúmeras amantes, extravagâncias e excessos, o oposto do recato e moralidade de sua mãe, a Rainha Vitória.
O rei gostava de mulheres maduras e dominadoras com busto pesado. Então, surge o espartilho com a frente reta, construído de maneira a obrigar o corpo a assumir a curva em S, com cintura diminuta e busto unificado, baixo e protuberante equilibrado por ancas arredondadas. A peça foi recomendada como mais saudável do que o corset que dava forma de ampulheta ao corpo, pois removia as pressões sobre o abdômen. A moda da época era ter cerca de 40 cm de cintura.




Uma série de luvas, peles, leques e sapatos de biqueira arredondada garantiam que cada traje fosse adequadamente complementado por acessórios. Um guarda-chuva, sombrinha ou bengala, longos e esguios, muitas vezes davam o toque final. 


A maquiagem e os perfumes tornaram-se uma parte cada vez mais importante na busca pela beleza. Considerados vulgares na época, os cosméticos, não obstante, eram usados com parcimônia. 
Colocava-se grande ênfase na tez natural e tratamentos da pele. Muitas mulheres beliscavam as bochechas e mordiam os lábios para conseguir um rosado gracioso, enquanto as atrevidas recorriam a pomadas pigmentadas para lábios e rouges.


Anúncio revista Les Modes. Livro a Moda do séc XX.

As moças usavam os cabelos compridos até os dezoito anos, quando eram então penteados em alguns dos estilos populares, largos e cheios. Também usavam cabelos postiços para ficarem mais volumosos e usavam ferro de frisar para manter os penteados armados por mais tempo. Além disso, também faziam métodos de ondulação permanente nos fios. 




Os chapéus eram obrigatórios, com vários tipos de decorações, incorporar plumas e pássaros era uma forma de determinar status. 


Os vestidos de chá eram eram essenciais e marcavam a divisão entre as roupas do dia e da noite, permitindo às mulheres alguns momentos de alívio dos apertados espartilhos, por volta das cinco horas quando era servido. 

Na década de 1910, apesar de o corpo cheio ainda continuar na moda, as curvas exageradas haviam desaparecido e o efeito era como o de coluna. Embora algumas mulheres descartassem os espartilhos, a maioria não o fez, e os espartilhos foram adaptados à linha vigente.
A apresentação do Balé Russo de Poiret e a produção chamada Schehérazade com figurino oriental, influenciaram essas mudanças no vestuário feminino, as saias adquiriram drapeado suave e se afunilaram na barra a ponto de cada passo ter de 8 a 5 cm.



Com o início da Primeira Guerra as roupas começaram a ser práticas e simples, produzidas com tecidos como algodão e flanela pois eram baratos e duráveis.  Assim, a bela época teve seu fim.



Fontes: A História do século XX (Mendes e Haye); A Roupa e a Moda (Laver); A História do Vestuário no Ocidente (Boucher);  Blog Moda de Subculturas (http://modadesubculturas.blogspot.com.br/); Wikipédia.


Editorial Vitoriano

Abaixo segue as fotos do editorial da Vogue com inspiração vitoriana feitas para a edição de setembro de 2012.











Lolitas

 A moda Lolita  nasceu no Japão, no fim dos anos 70. Sua inspiração vem da cultura "kawaii" (fofa ou adorável) japonesa e em certa nostalgia de outras épocas, podendo ser períodos históricos (como o Rococó, o Vitoriano e até mesmo a Belle Époque) ou a própria infância da Lolita.

Lolita não é apenas uma tendência da moda, mas um estilo de vida onde as meninas procuram agir de forma recatada e doce.

Abaixo video de desfile de roupas Lolitas.



As Lolitas dividen-se em vários sub-gêneros, mas vamos nos focar nos de inspiração histórica.

Classical Lolita

O estilo clássico, que remete às modas vitoriana e rococó originais. As cores utilizadas são tons envelhecidos. O marrom e rosa-velho são comuns, e os motivos mais populares são as estampas florais.


Roupas Lolitas com inspiração Rococó




Gothic Lolita 


A mistura do estilo gótico com a moda Lolita. As cores utilizadas são escuras e elegantes, onde obviamente o preto predomina. Apesar da inspiração da moda Gótica, a maquiagem é leve e natural, sem excesso de sombra preta e batons muito escuros. O estilo Gothic Lolita de todos os estilos é o que mais se inspira no Vitoriano.





Hime Lolita 


Estilo que mais remete à imagem de princesas europeias  Apesar de muito parecido com o Sweet Lolita, em especial pelas cores, diferencia-se pelos modelos de vestido, acessórios (coroas, tiaras, pérolas) e até mesmo pelo penteado.














Era Vitoriana

A moda na Era Vitoriana se caracteriza principalmente pela busca dos ideias estéticos da Era Medieval, em resposta aos anseios explícitos no teatro, na literatura e na arte. Os jovens da época, tocados pela idealização da fantasia medieval, sonhavam em ser cavaleiros corajosos e donzelas frágeis e delicadas.

Cena do filme A Jovem Rainha Vitoria

É na moda feminina que podemos ver de forma mais clara esta influencia, com a volta do espartilho e de saias rodadas, abandonadas desde a Revolução Francesa. As jovens da época querem ser musas de algum poeta ou a donzelas pálidas e etéreas, como que saídas de um sonho. Era comum em dias de bailes as moças beberem vinagre para ficarem com uma aparência mais doentia e morder as bochechas para parecer mais cadavérica. Ter uma aparência saudável era considerada vulgar e de mau gosto. 



O espartilho volta a fazer parte do guarda-roupa feminino, mas agora com um detalhe de ponta e muito mais apertado, a ponto de causar deformações e até mesmo lesões internas no corpo. 

Os espartilhos muito apertados causavam deformações no corpo feminino

As saias recebem um tipo de estrutura chamado crinolina, uma espécie de armação feita de barbatanas e arames numa estrutura cônica que dava aos vestidos um grande volume uniforme em toda a volta. 





A moda pede cores claras e tons pasteis, mas com a viuvez da Rainha Vitoria as cores passam a ser mais escuras e sombrias. Após o falecimento do Principe Albert, a Rainha Vitoria entrou em uma fase de profunda tristeza, vestindo o luto até o fim de seus dias. Muitas mulheres também passaram a adotar cores mais escuras, e o ar de melancolia passou a dominar a moda, em roupas mais fechadas, com a armação projetando-se para a parte de trás, esse tipo de armação acentuou-se durante a Belle Époque.


Na imagem acima temos alguns modelos de peteados e acessórios da época

Antes da Rainha Vitoria, as noivas não casavam-se de branco, o vestido de noiva era apenas mais um vestido que podia ser até mesmo preto, mas com seu vestido branco, representando sua pureza e virgindade virou febre entre as noivas da Europa.

Rainha Vitoria e Príncipe Albert no dia do seu casamento

 Seu caráter moralista era tão forte que por encomenda da rainha Vitória, uma enorme folha de parreira cobriu uma réplica do Davi de Michelangelo, que ainda se conserva no Victoria and Albert Museum.
Com isso os decotes tão generosos durante o Rococó passam a ser somente aceitos em ocasiões especiais como bailes. No dia-a-dia os decotes são fechados e até mesmo com golas altas. As mangas também são longas, mostrando muito pouco do braço que mesmo assim ficava coberto por luvas de rendas. A manga balão fica em muita evidência neste período, principalmente em vestidos de festa, com decotes mais caídos que deixavam às vezes parte dos ombros a mostra. 




As vestes masculinas vinham desde o Império ficando cada vez mais sóbrias, na Era Vitoriana isso não é diferente. A grande influência da moda masculina era o consorte da Rainha Vitoria, o Princípe Albert. Assim como na moda feminina a moda masculina buscou referencias nas vestimentas da Era Medieval, tendo como base a silhueta “Y”, ombros e peito volumosos e cintura marcada. As Calças deixaram de ser justas, como no império e passaram a ter um corte mias reto. 




Os trajes de cores sóbrias não tinham muitos adereços alem de um lenço branco no pescoço, um relógio de bolso, cartola e a bengala. As cores normalmente eram escuras, com listras ou xadrez.


Os dândis eram homens muito requintados, de bons modos e aparência impecável, seu estilo boêmio fascinavam e ao mesmo tempo causavam um certo incomodo na sociedade vitoriana. Um legítimo dândi da época foi Oscar Wilde, que inclusive acabou condenado a prisão por sodomia.

Oscar Wilde é um exemplo de dândi

Abaixo segue algumas imagens de roupas da época.

Lucy e Mina, personagens do filme Drácula de Bram Stoker, usando trajes de festa

Este tipo de chapéu era muito comum entre as americanas