quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Era Vitoriana

A moda na Era Vitoriana se caracteriza principalmente pela busca dos ideias estéticos da Era Medieval, em resposta aos anseios explícitos no teatro, na literatura e na arte. Os jovens da época, tocados pela idealização da fantasia medieval, sonhavam em ser cavaleiros corajosos e donzelas frágeis e delicadas.

Cena do filme A Jovem Rainha Vitoria

É na moda feminina que podemos ver de forma mais clara esta influencia, com a volta do espartilho e de saias rodadas, abandonadas desde a Revolução Francesa. As jovens da época querem ser musas de algum poeta ou a donzelas pálidas e etéreas, como que saídas de um sonho. Era comum em dias de bailes as moças beberem vinagre para ficarem com uma aparência mais doentia e morder as bochechas para parecer mais cadavérica. Ter uma aparência saudável era considerada vulgar e de mau gosto. 



O espartilho volta a fazer parte do guarda-roupa feminino, mas agora com um detalhe de ponta e muito mais apertado, a ponto de causar deformações e até mesmo lesões internas no corpo. 

Os espartilhos muito apertados causavam deformações no corpo feminino

As saias recebem um tipo de estrutura chamado crinolina, uma espécie de armação feita de barbatanas e arames numa estrutura cônica que dava aos vestidos um grande volume uniforme em toda a volta. 





A moda pede cores claras e tons pasteis, mas com a viuvez da Rainha Vitoria as cores passam a ser mais escuras e sombrias. Após o falecimento do Principe Albert, a Rainha Vitoria entrou em uma fase de profunda tristeza, vestindo o luto até o fim de seus dias. Muitas mulheres também passaram a adotar cores mais escuras, e o ar de melancolia passou a dominar a moda, em roupas mais fechadas, com a armação projetando-se para a parte de trás, esse tipo de armação acentuou-se durante a Belle Époque.


Na imagem acima temos alguns modelos de peteados e acessórios da época

Antes da Rainha Vitoria, as noivas não casavam-se de branco, o vestido de noiva era apenas mais um vestido que podia ser até mesmo preto, mas com seu vestido branco, representando sua pureza e virgindade virou febre entre as noivas da Europa.

Rainha Vitoria e Príncipe Albert no dia do seu casamento

 Seu caráter moralista era tão forte que por encomenda da rainha Vitória, uma enorme folha de parreira cobriu uma réplica do Davi de Michelangelo, que ainda se conserva no Victoria and Albert Museum.
Com isso os decotes tão generosos durante o Rococó passam a ser somente aceitos em ocasiões especiais como bailes. No dia-a-dia os decotes são fechados e até mesmo com golas altas. As mangas também são longas, mostrando muito pouco do braço que mesmo assim ficava coberto por luvas de rendas. A manga balão fica em muita evidência neste período, principalmente em vestidos de festa, com decotes mais caídos que deixavam às vezes parte dos ombros a mostra. 




As vestes masculinas vinham desde o Império ficando cada vez mais sóbrias, na Era Vitoriana isso não é diferente. A grande influência da moda masculina era o consorte da Rainha Vitoria, o Princípe Albert. Assim como na moda feminina a moda masculina buscou referencias nas vestimentas da Era Medieval, tendo como base a silhueta “Y”, ombros e peito volumosos e cintura marcada. As Calças deixaram de ser justas, como no império e passaram a ter um corte mias reto. 




Os trajes de cores sóbrias não tinham muitos adereços alem de um lenço branco no pescoço, um relógio de bolso, cartola e a bengala. As cores normalmente eram escuras, com listras ou xadrez.


Os dândis eram homens muito requintados, de bons modos e aparência impecável, seu estilo boêmio fascinavam e ao mesmo tempo causavam um certo incomodo na sociedade vitoriana. Um legítimo dândi da época foi Oscar Wilde, que inclusive acabou condenado a prisão por sodomia.

Oscar Wilde é um exemplo de dândi

Abaixo segue algumas imagens de roupas da época.

Lucy e Mina, personagens do filme Drácula de Bram Stoker, usando trajes de festa

Este tipo de chapéu era muito comum entre as americanas













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